A GOVERNANÇA CORPORATIVA COMO UMA ALIADA NAS RELAÇÕES DE MERCADO DE CAPITAIS
Palavras-chave:
Redução de conflito de interesses, Confiabilidade no investimento, Transparência nas informações de mercado, Equidade entre investidoresResumo
Nos centros de comércio, onde se concentra grande massa acionária,
especificamente falando do Brasil, origina-se um conflito de interesses
na relação entre acionistas que detêm controle acionário, ou seja, os
majoritários, e os acionistas que não possuem controle acionário, os
minoritários. Dessa forma, o controle das companhias concentra-se em
um grupo mais reduzido de investidores, possibilitando que um pequeno
número de acionistas majoritários assuma uma conduta situacionista
através do direito a voto e maior parte das ações, expropriando os direitos
dos acionistas minoritários. Dentro desse cenário de conflito de interesses
introduzido nas companhias é que desponta a governança corporativa.
Ela emerge como uma maneira de nivelar os interesses empresariais dos
proprietários, dos dirigentes e dos anônimos participantes das cotas da
companhia, visando proporcionar uma circunstância mais segura para
que as negociações aconteçam, assim como também a redução da
desigualdade de informações. Desse modo, é assegurado por Shleifer e
Vishny (1997, n.p.) que "investir na qualidade da governança corporativa
denota em maior valor para as companhias, uma vez que reflete aos
investidores maior segurança sobre seus investimentos".